segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Zé das gaivotas – Cruzar para quê?!




Caros amigos,

Volto novamente a escrever neste maravilhoso blog para contar uma Historia de vida. Falo de Zé das Gaivotas (ZG), jogador, empresário e quem sabe um dia será Mister na Liga de um jornal qualquer.
Desde pequeno que ZG tinha uma predilecção por aves, consta que usava os berlindes para ir matar pardais, ao contrário dos outros meninos que os usavam para jogar ao Mata ou ao Ganhas. Chutava os berlindes de modo a acertar nos pardais que se encontravam nos telhados dos vizinhos, sempre sem sucesso, mas nunca desistindo.
Um dia na praia do Tamariz descobriu as gaivotas, uma ave maior, logo, teoricamente mais fácil de acertar. Para aumentar as probabilidades, ZG passou a usar as bolas de futebol. Como continuava com alguma dificuldade em acertar, foi treinar para as camadas jovens do Grupo Desportivo Estoril Praia, com o intuito de aperfeiçoar.
Um dia estavam os pescadores na pesca de arrastão junto a praia e pediram-lhe se enxotava as gaivotas que não os largavam. Aí, ele conseguiu acertar em duas que estavam junto de outras cinquenta e foi a Loucura. Os pescadores ao verem aquilo, ainda compensaram o seu esforço monetariamente.
Aqui surge o ZG empresário, logo começou a negociar o “enxotar” das gaivotas, dando orçamentos aos pescadores. Para alargar o negócio, começou a embarcar nas traineiras com um saco de bolas, sempre com o mesmo propósito de afastar as gaivotas dos barcos. Inicialmente, esta frente de negócio não teve muito sucesso, porque na traineira não dava para tomar balanço e porque ZG sofria de enjoos. Mas tudo tem solução, logo tratou de arranjar uns espantalhos à sua imagem e muito mais certeiros do que ele. O problema é que os espantalhos eram tão mortíferos, que o movimento “Green Peace” passou a perseguir as traineiras dos pescadores, alegando que estes estavam a devastar as gaivotas, colocando em risco a sua sobrevivência enquanto espécie. Foi o fim do negócio, ficou o futebol.
Uma tarde, no Campo António Coimbra da Mota, ZG passa pelo defesa ganhando a linha de fundo, levanta a cabeça e vê o colega de equipa a esbracejar gritando: “Cruza, Cruza”, ao mesmo tempo, repara num brilhozinho no Céu que o leva a responder…. “Cruzar para quê!?" ... E chuta em direcção à gaivota….

4 comentários:

  1. O que também arruinava o negócio era o custo das bolas... que desapareciam nas brumas, para nunca mais serem vistas... (nas brumas ou nas silvas, tanto faz!).

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  2. Duas palavras: Bri lhante!!!!

    Quem sabe se este ZG não é familiar de um famoso e não menos "Artista" .... Zé Gato!!!

    Lembram-se?

    Quem és tu ZG...

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  3. se ao menos o deixassem jogar c/uma mini na boca , nós até ouvíamos as gaivotas ,assim .....ELE NÃO DEIXA !!!
    Aínda vamos ouvir falar dele !!! (nem que seja no national geographic)

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  4. é lindo o piar delas quando levam com a bola na tola , as ultimas bolas foram levadas ao zé dos bicos que estava ja reformado mas com a quantidade de bolas voltou á actividade .

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