domingo, 3 de maio de 2009

É assim tão difícil de acreditar?!

A claque do Grupo Desportivo e Recreativo “Os Amigos do Copo” foi eleita pela imprensa mundial da especialidade (e quando digo especialidade, refiro-me ao futebol em concreto e não à palhaçada como muitos poderiam supor) como a mais disciplinada e correcta relativamente à época 2008/2009. Esta eleição premeia uma claque que, hoje em dia, pauta a sua conduta pelo respeito relativamente a todos os intervenientes na jogatana de futebol. Hoje em dia reduzidos a três elementos (sendo que dois deles são pagos através da verba que consta no orçamento do clube na rúbrica “Dinheiros pagos a pessoal que afirme que são do nosso clube desde pequeninos”), esta claque já chegou a ser constituída por cerca de quinhentas e trinta pessoas. O chefe da claque, de sua alcunha “Emplastro” (exactamente aquele que estão a pensar, e que para surpresa de toda a gente passou de um momento para o outro a afirmar que afinal o seu pai era o Araújo), diz que a claque já sofreu uma longa evolução até se tornar naquilo que é hoje. Ele recorda o momento que se traduziu no ponto de viragem que levou a claque a alcançar este prémio nos dias de hoje. Tudo aconteceu num jogo em que a sua equipa estava a jogar ainda pior do que era normal (parece impossível de acreditar, mas há certas coisas que por muito más que sejam continuam sempre a atingir patamares mais baixos) o que levou a que os cerca de quinhentos e trinta adeptos começassem indiscriminadamente a lançar umas bocas para dentro do terreno de jogo. Frases como “Oh suas amélias do caralhpiiiii! Mas vocês não fazem a putpiiiii dum passe de jeito?”, “Metem-se a noite toda nas putpiiiiis, e depois não têm tesãpiiiii para jogar!” ou “Cabropiiiiis do caralhpiiiii! Se em vez de ser para meter a bola na baliza fosse para meter o caralhpiiiii na conpiiiii de uma putpiiiii qualquer, era certinho!”, não caíram bem no seio do grupo o que fez com que, por unanimidade, pedissem a três membros do grupo habituados a situações que envolvam claques e controle de massas, que agissem. Alfredo, Nélson e Paulo rapidamente saltaram do relvado para as bancadas (e que diferença de qualidade existe entre os ver a jogar futebol e a distribuir “fruta”, embora no relvado “fruta” também não lhes seja uma palavra estranha), e num ápice tudo se resolveu a bem (desde aí nunca mais houve comentários por parte da claque à qualidade de jogo da equipa) ou a mal (foram registadas cento e cinquenta e três chamadas no INEM com pedidos de assistência). Desde aí o método de selecção natural (ou nos apoiam ou levam porrada!) tem feito com que a claque tenha atingido este valor baixo de três pessoas. Mas como já se sabe o que interessa é a qualidade e não a quantidade, e que fica expresso ne resposta que Alfredo, Nélson e Paulo deram quando instados a respoder a como é que eles sentiam o apoio da claque dentro de campo, “Basta olharmos para eles. Se piscarem uma vez os olhos é porque estão a gostar da exibição, se piscarem duas vezes é porque não estão a desgostar de todo da exibição!”. Haverá maior simplicidade que esta? Esta é uma verdadeira claque do Futuro.

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